A parceria visa transformar o banco em referência no Estado na captação e fornecimento de pele para tratamento de queimados
O secretário de Estado de Saúde Luiz Antônio Teixeira Jr. participou, nesta quinta-feira (27/10), de uma reunião no Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into) para ampliação do Banco multitecidos no estado. A parceria da SES com o Ministério da Saúde visa que o banco se torne referência na captação e fornecimento de pele para tratamento de queimados pelo Sistema único de Saúde (SUS).
- Essa parceria é de extrema importância porque vai permitir o tratamento de queimados com pele humana doada. Isso significa uma redução de 30 vezes em relação ao valor do procedimento feito com curativos sintéticos, além de garantir as pessoas resultados melhores -, exaltou o secretário.
O Banco de tecidos é uma parceria do Into com o Programa Estadual de Transplantes (PET) da Secretaria de Estado de Saúde. Atualmente o banco realizada a captação, processamento e distribuição de tecidos musculoesqueléticos e de córneas. Com a integração os principais centros de tratamento de queimados poderão se habilitar para receber as doações de pele.
O encontro contou ainda com a presença da médica cirurgiã plástica, Marisa Herson, especialista no assunto e diretora do banco de tecidos de Melboune, na Austrália, da coordenadora do Sistema Nacional de Transplantes, Rosane Nothen, do coordenador do PET, Rodrigo Sarlo, do coordenador do banco de multitecidos do INTO, Rafael Prinz e do diretor do INTO, João Matheus Guimarães.
Banco de Olhos – Parceria entre o Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO) e o PET, o Banco de Olhos conta, desde 2013, com estrutura capaz de filtrar todo o ar onde as córneas são processadas, além de área de segurança biológica superior a de um centro cirúrgico. Integrado ao Banco de Tecidos do INTO, o serviço foi o segundo do tipo a ser inaugurado no RJ e é considerado essencial para a melhoria do desempenho do estado na realização deste tipo de procedimento.
Em menos de 10 meses, o Rio de Janeiro superou o número total de transplantes de córnea realizados em 2015: de janeiro a 07/10, foram feitos 454 procedimentos deste tipo no estado, enquanto no ano passado, entre janeiro e dezembro, foram 443. Com o aumento do número de cirurgias, o tempo de espera pelo procedimento, que já chegou a dez anos, atualmente é de 1 ano e meio. Em 2010, quando o Programa Estadual de Transplantes foi criado, o ano se encerrou com 138 transplantes.