Primeira vez de vermelho: Hamilton dirige carro da Ferrari pela primeira vez

Encarando neblina e pista úmida, o heptacampeão dirigiu um modelo de 2023 em Maranello, em seu primeiro teste pela nova equipe

O piloto de Fórmula 1 Lewis Hamilton finalmente dirigiu um carro da Ferrari, no circuito privado de Fiorano, em Maranello, nesta quarta-feira (22/01), em um evento não oficial. O teste começou um pouco depois das nove da manhã, no horário local na Itália, quando o heptacampeão guiou o SF-23, o modelo de F1 2023 da equipe italiana.

Diante de uma multidão de fãs, que acordaram cedo para assistir Hamilton dar suas primeiras voltas no carro da escuderia italiana, o britânico percorreu o circuito 30 vezes. Usando pneus de demonstração da Pirelli, usando principalmente os compostos duro e os de faixa azul, o multicampeão alternou de ritmo, mas não pôde entregar muita velocidade, devido a pista molhada. 

O piloto de 40 anos já está na sede da Ferrari, a comuna de Maranello, desde o início da semana para poder conhecer sua equipe e as pessoas com quem irá trabalhar. Seus principais encontros foram com Frédéric Vasseur, chefe de equipe da Ferrari, o diretor executivo Benedetto Vigna, e o filho de Enzo Ferrari, Piero.

Hamilton também realizou alguns compromissos técnicos, como a moldagem do assento, que é personalizado para cada piloto, e passou por testes no simulador da equipe do cavalo rampante.

O mais novo piloto da Ferrari aproveitou para movimentar suas redes sociais, dando destaque para sua primeira foto vestindo o macacão vermelho da Ferrari. Ele também exibiu a nova pintura do capacete, em amarelo, cor que usou em sua estreia na Fórmula 1 pela McLaren e quando foi para a Mercedes.

Agora, o próximo compromisso do britânico é na Espanha, onde deve testar o carro ao lado de Charles Leclerc no circuito de Barcelona, nos últimos dias de janeiro. Hamilton ainda vai precisar esperar pelos testes oficiais no Bahrein, que vão acontecer de 26 a 28 de fevereiro, onde poderá se familiarizar com o carro desta temporada.

Chegando para substituir o piloto espanhol Carlos Sainz Jr., atualmente na Williams, Hamilton tem a ingrata missão de erguer a equipe a sua glória anterior e acabar com o jejum de títulos mundiais da escuderia, que vem desde 2007, quando Kimi Raikkonen conquistou o campeonato.

Caso ganhe o 8° título, não apenas será o maior campeão da história da Fórmula 1, o britânico pode se igualar ao lendário Juan Manuel Fangio, vencendo o título mundial por três equipes diferentes.

Por Enzo Anselmo